O ministro do interior, Manuel Homem, orientou esta quinta-feira ao novo comandante-geral da Polícia Nacional (PN), Comissário-geral Francisco Monteiro Ribas da Silva, “transparência no processo de promoção e na progressão da carreira policial que privilegiam uns e prejudicam muitos agentes, alguns deles, avançando com mais de dez anos no mesmo estado”.
“Digno, comandantes-gerais, entre as tarefas reformistas do novo comandante-geral, devem constar, igualmente, os ajustes necessários ao sistema existente de avaliação de desempenho, conferindo-lhe, maior robustez, recompensa ao mérito e a dedicação dos efectivos, com profissionalismo e ao cumprimento de metas estabelecidas”, disse o governante durante o seu discurso nas instalações do Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais, “Osvaldo Serra Van-Dúnem”, onde também, para além da passagem de pastas do Comandante-Geral, ocorreu igualmente, dos secretários de Estado para Interior, Arnaldo Carlos, e Cristinao Ndeitunga.
Desta forma, segundo Manuel Homem, “não basta as constantes reclamações de processos poucos transparentes de promoção e progressão na carreira que privilegiam uns e prejudicam muitos dos nossos agentes, alguns deles com mais de dez anos no mesmo estado”, alertou.
“Excelentíssimo comandante-geral ao iniciarmos essa nova etapa da vida deste tão importante órgão governamental, renovamos o nosso engajamento, no sentido de fazer cumprir a lei, fora e dentro da nossa corporação. É impiedoso mudarmos para melhor a imagem da opinião pública, sobre os nossos efectivos”, explicou, sublinhando que para tal, impõe-se, não só anotar um novo olhar para o factor homem, e promover acções concretas no sentido da implementação de um vasto e abrangente programa de sensibilização, mais igualmente a realização de acções para a mitigação das principais necessidades.
“E necessário destacar, de maneira concertada, e bastante firme, o poder representado pelo uniforme da Polícia Nacional através da dignificação da função policial corporizada, por aqueles que jurarão pela pátria defender os princípios da constituição e respeitar as leis… Ser polícia deve sempre uma honra, independentemente dos sacrifícios que tem de consentir a dignidade da função policial nunca deverá ser manchada ou posta em causa, quaisquer que seja as circunstâncias. Contamos com a experiência do novo comandante-geral, e sabemos que o caminho que temos de percorrer será marcado pela excelência da informação e com o compromisso de bem-estar e a segurança de todos os angolanos”, descreveu.
De acordo com ministro do interior, a viragem de página deve abranger o reforço e a dignidade das nossas esquadras, postos policiais e comando de polícia, onde os nossos efectivos passam a maior parte do tempo. Dando mais atenção de lazer e comodidade, como refeitórios e dormitórios.
“A mesma atenção deve ser aos oficiais comissários e superiores, subalternos, subchefes e agentes que por subjectivas e sem explicação aparente, estão em casa impedidos de prestarem os seus valiosos contributos a nossa corporação e a pátria. Digno Comante-Geral, temos a consciência que a sua tarefa não será fácil, mais conta com nosso apoio incondicional para reforçar a confiança dos cidadãos e ver a nossa corporação empenhada em actuar de forma justa, respeitosa e forte, com elevado sentido patriótico”, disse.
O governante pediu ainda ao número da Polícia Nacional, especial atenção a gestão deficiente dos meios de apoio técnicos, sobretudo a conservação e manutenção periódica de modo aumentar a sua vida útil. Igual atenção, deve ser dada ao processo de fiscalização e regulamento das empresas de segurança privada afim de garantir que operem com os padrões e regulamentos estabelecidos.
“A Polícia Nacional deverá empenhar-se, não só nos esclarecimentos oportunos das causas dos crimes violentos, com recurso a arma de fogo, mas também na identificação da origem e modos de utilização destas armas. Responsabilizando civil e criminalmente, os seus promotores de forma exemplar”, esclareceu.
No quadro da cooperação com outras instituições nacionais e internacionais, adianta Manuel Homem, “a Polícia Nacional deverá reforçar estabelecimentos, de novos protocolos de colaboração, especialmente nas áreas de combate aos crimes, transnacional, como o trafico de pessoas e a segurança fronteiriça. De forma a fortalecer as relações interinstitucionais e permitir um trabalho mais coordenado e eficaz em questões de segurança nacionais”, ressaltou, acrescentando que, o “Governo Angolano quer um comandante-geral implacável, mas com forte espírito humanista e de trabalho em equipa”.