A prisão síria de Sednaya, também conhecida como “matadouro humano”, era a mais temível do regime de Bashar al-Assad. Após a queda do presidente, centenas de presos foram libertados e várias famílias tentam agora descobrir os corpos de entes queridos há muito desaparecidos no sistema prisional.
Segundo a Reuters, logo após Assad ter sido deposto, no domingo, equipas de resgate começaram à procura de celas subterrâneas na prisão de Sednaya, onde ainda pudessem estar presos escondidos. Dezenas de pessoas passaram a noite na prisão à espera de notícias sobre os seus familiares.
Na segunda-feira, as equipas comunicaram que não tinham sido encontrados mais presos em cativeiro nem celas subterrâneas, mas que tinham descoberto pelo menos 35 cadáveres que exibiam sinais de tortura e que foram levados para o Hospital de Damasco.
Na morgue, no meio de dezenas de cadáveres em decomposição, com falta de membros ou sem cabeça, várias pessoas, iluminadas apenas com as luzes dos telemóveis e ignorando o cheiro nauseabundo, procuravam ainda sinais de familiares há muito levados pelas autoridades do regime de Assad.