Candidato da oposição indicou que poderia regressar a Caracas para tomada de posse.
Radar Informativo e Correio da Manhã
A tomada de posse de Nicolás Maduro, para um terceiro mandato como presidente da Venezuela, está agendada para esta sexta-feira, num contexto de forte tensão. A maioria da população do país acredita que Edmundo González Urrutia é o verdadeiro vencedor das eleições.
Na quinta-feira, Urrutia afirmou, a partir da República Dominicana, que “muito em breve” verá os venezuelanos em Caracas, “em liberdade”. O candidato terá prometido regressar do exílio até ao dia da tomada de posse, indica a Associated Press.
O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, afirma ter vencido as eleições de 28 de julho de 2024, com quase 70% dos votos. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribui a vitória a Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% do eleitorado.
Tanto a oposição venezuelana como vários países da comunidade internacional denunciaram os resultados como fraudulentos e exigiram a apresentação dos registos de votação para que pudessem ser verificados de forma independente, o que levou à contestação dos resultados nas ruas. O CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático.
Após a sua vitória contestada, Maduro reprimiu os protestos em massa que contestavam a legitimidade do seu Governo e das eleições, o que resultou na morte de 28 pessoas, cerca de 200 feridos e 2.400 detidos, três dos quais morreram na prisão.
A 2 de janeiro, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de 97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.
