Uma auditoria interna realizada em Dezembro do ano passado no Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudos (INAGBE), pelo Tribunal de Conatas, levanta fortes suspeitas de desvios de mais de 20 mil milhões Kwanzas.
Segundo o trabalho de auditoria, as saídas de milhares de dólares, euro e milhões de kwanzas, para diversas partes e instituições, não estão justificadas.
Nos montantes em moeda nacional, a auditoria do Tribunal de Contas detectou que o INAGBE efectuou pagamentos de acimas dos 830 milhões kz, a favor de diversos fornecedores de bens e serviços, sem, no entanto, nenhum documento de suporte.
Conforme a auditoria, só nas folhas de caixa do Sector de Apoio ao Estudante (SAE), da Rússia, verificou-se saída de mais de 280 mil euros.
Já na lista do SEA de Cuba, verificou-se a existência de estudantes que beneficiaram de subsídio de bolsa de estudo, durante o ano lectivo 2022/2023, no valor acima dos 234 mil dólares.
Entretanto, verificou-se o pagamento via transferência bancaria, pelo Banco Português de Investimento (BPI), de mais de 10 milhões de euro.
Verificou-se a existência de pagamentos não justificados de mais de cinco milhões de euros, aos funcionários do SAE em Portugal.