Acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas em Caxemira.
O espaço aéreo paquistanês foi reaberto “a todos os voos”, avançou, este sábado, a Autoridade de Aviação do Paquistão, depois de Islamabade, Nova Deli e Washington terem anunciado um cessar-fogo imediato entre a Índia e o Paquistão.
Durante vários dias, o Paquistão fechou e reabriu vários dos seus aeroportos e espaço aéreo em resposta a ataques e contra-ataques com o seu vizinho indiano, com quem teve recentemente o pior confronto militar entre os dois Estados das últimas duas décadas.
A Índia e o Paquistão anunciaram, este sábado, um acordo de cessar-fogo após negociações lideradas pelos Estados Unidos para pôr fim ao conflito entre os rivais, ambos países com armas nucleares.
O acordo acontece após semanas de confrontos desencadeados por um atentado a tiro contra turistas no mês passado na zona de Caxemira indiana, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.
Apesar de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter afirmado, pouco antes do anúncio dos dois países, que a Índia e o Paquistão tinham concordado com um cessar-fogo apresentado por Washington, o Governo indiano sublinhou que o acordo foi “negociado diretamente” entre os Estados em conflito.
O cessar-fogo foi negociado entre o chefe das operações militares do Paquistão e o seu homólogo indiano durante uma conversa telefónica, disse o secretário do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Nova Deli aos jornalistas.
“Os líderes das operações militares voltarão a reunir-se em 12 de Maio”, acrescentou.
“Não foi tomada qualquer decisão para abrir novas discussões [entre os dois países] sobre outras questões”, adiantou uma outra fonte do Governo indiano sob anonimato.
Os dois países vizinhos iniciaram um novo conflito armado na sequência de um atentado realizado em 22 de Abril em Pahalgam, uma cidade turística na parte indiana da região disputada de Caxemira, no qual morreram 26 pessoas.
A Índia acusou o Paquistão de apoiar o grupo extremista que responsabilizou pelo ataque, uma acusação que Islamabade negou veementemente, mas que levou a bombardeamentos intensos durante vários dias, que causaram quase 100 mortos.