Termómetros sobem acima dos 40 graus. ONU alerta para o aumento de casos de desidratação, dada a escassez de água.
As temperaturas sufocantes na Faixa de Gaza, com os termómetros acima dos 40º, estão a agravar ainda mais a situação dos milhares de palestinianos deslocados, forçados a viverem em acampamentos improvisados e sem o mínimo de condições de higiene e conforto.
Ao perigo constante dos bombardeamentos israelitas enquanto procuram refúgio, acresce a falta de eletricidade, de alimentos e a escassez de água, potenciando os casos de desidratação, face ao calor extremo.
O alerta partiu da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos e teve por base os dados divulgados pelo Departamento Meteorológico Palestiniano, segundo os quais as temperaturas estão entre oito e nove graus acima da média anual, o que representa um risco especial para pessoas com doenças respiratórias ou alergias ao pó.
Haverá uma pequena descida da temperatura nos próximos dias, mas os valores continuarão acima, entre 4 a 5 graus, “acima do habitual para a época”, segundo as previsões daquele departamento. Atualmente, neste momento, mais de 88% do enclave palestiniano está sujeito a ordens de deslocação forçada ou transformado em área militarizada pelo Exército israelita.
Com a decisão do governo de Netanyahu de tomar o controlo militar da cidade de Gaza, onde se encontra perto de metade da população palestiniana que vive no enclave, e as limitações impostas por Telavive à distribuição de ajuda alimentar, a ONU alerta para o risco de uma catástrofe humanitária sem paralelo nesta região do Médio Oriente.