Quando os factos falam mais alto que o cepticismo

Nos últimos dias, muito se tem dito sobre a distinção de Angola como “Melhor Destino de Investimento no Turismo” no World Tourism Awards 2025, durante o Annual Meeting Global Tourism Forum, realizado a 21 de Outubro, em Bruxelas. Para uns, foi motivo de orgulho; para outros, um prémio “comprado” com dinheiros públicos. Mas a verdade, como sempre, está nos factos, e os factos mostram um país que está (ainda não chegamos lá) a mudar o seu destino com trabalho e visão.

Por ANC, O Analista

Apenas dois dias após essa consagração internacional, Angola voltou a provar que o prémio não é um gesto simbólico, nem que o dinheiro público que esta sendo investido em várias infraestruturas foi utilizado para adquirir tal prémio (que de um lado acusa de corruptos os organizadores do evento), mas o reflexo de um caminho concreto.

Ontem, dia 23 de Outubro, O Governo de Angola, atrvés do Ministério do Turismo, liderado pelo Jovem Márcio Daniel (um dos ministros mais jovem), assinou vários memorandos com a gigante egípcia Arab Contractors, uma das maiores empresas de construção e engenharia do continente africano. Fundada em 1955, a empresa é responsável por obras emblemáticas como a Ponte 6 de Outubro, no Cairo, e projectos estruturantes em vários países africanos e do Médio Oriente.

Este acordo visa a construção de infraestruturas turísticas em três províncias-chave no turismo costeiro como Namibe (Praia dos Três Irmãos e Baía das Pipas), Cuanza Sul (Quicombo e Catanas) e Luanda (Ilha do Cabo, mas conhecida como Ilha de Luanda).

Trata-se de um projecto que nasce directamente da visita do Presidente João Lourenço ao Egipto, em Abril deste ano, onde manteve contactos com investidores egípcios. Em menos de seis meses, o diálogo diplomático transformou-se em investimento concreto, um feito que tem sido hábito mas que consideramos raro, que demonstra agilidade e confiança mútua.


Estes projectos, além de fortalecerem o turismo, prometem gerar empregos, dinamizar economias locais e reforçar o orgulho das comunidades. São passos firmes rumo a um turismo que deixa de ser apenas potencial, para se tornar realidade visível.

Portanto, antes de duvidar do mérito do prémio, é preciso olhar para o que está a acontecer no terreno. Angola não recebeu um troféu por acaso, recebeu reconhecimento por estar a implementar uma estratégia coerente, sustentada em reformas, diplomacia económica e visão de futuro.

O turismo é mais do que uma bandeira para mostrar ao mundo. É uma política pública, uma ferramenta de desenvolvimento e um símbolo de confiança internacional no Executivo angolano. E, como os factos provam, o mundo está a reconhecer isso.

Contudo, é fundamental ressalvar que este reconhecimento e estes investimentos só terão o impacto político e social desejado se forem acompanhados por uma comunicação proactiva e estratégica, o Executivo tem a obrigação de dar a devida visibilidade aos frutos concretos da diplomacia do Pr JLO, especialmente aqueles que, mesmo que a médio prazo, se traduzam em benefícios tangíveis para as comunidades. Caso contrário, persistirá o vácuo de informação que alimenta o cepticismo, levando à conclusão simplista e injusta de que as viagens são inúteis e os prémios, meramente “comprados”.

A batalha contra o cepticismo ganha-se com a transparência do trabalho feito e o impacto percebido no dia a dia dos cidadãos.

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