Do Manchester United ao pedido de casamento a Georgina Rodríguez, passando pelo adeus aos relvados, foram vários os temas em cima da mesa nesta primeira parte da entrevista de CR7. A segunda parte será divulgada na quinta-feira.
SIC NOTÍCIAS
Cristiano Ronaldo concedeu uma segunda entrevista ao jornalista Piers Morgan, que tem sido promovida como a “mais pessoal e reveladora” da vida de CR7.
“O Manchester United ainda está no meu coração. Amo o clube”
Um dos primeiros temas a ser abordado foi a luta pelo título na Premier League, na qual Ronaldo aponta o Arsenal como principal favorito, descartando desse cenário o Manchester United, clube que representou ao longo de várias temporadas e ao qual continua a apontar algumas críticas.
“Estou triste porque é um dos clubes mais importantes no mundo, ainda o tenho no meu coração. (…) Não têm uma estrutura. Espero que isso mude no futuro porque o potencial do clube é incrível”, diz.
CR7 admite, ainda assim, que continua a ser um adepto apaixonado do United: “Amo o clube”.
“Amorim? Milagres só em Fátima, como dizemos em Portugal”
Sobre a prestação do treinador Rúben Amorim em Old Trafford, Ronaldo considera que “está a fazer o seu melhor”.
“O que é que ele vai fazer? Os milagres são impossíveis. Milagres só em Fátima, como dizemos em Portugal. Não vai fazer milagres. Até os jogadores… Alguns deles não têm o mindset sobre o que é o Manchester United”, afirma.
O adeus aos relvados: “Vai ser difícil, vou chorar”
Questionado por Piers Morgan sobre se já sabe quando irá ‘pendurar as botas’, Cristiano revela que será “em breve”.
“Acho que vou estar preparado. Vai ser difícil, vou chorar. Vai ser muito difícil, mas preparo o meu futuro desde os 25, 26 anos”, refere.
Houve também tempo para uma viagem ao passado, com Ronaldo a mostrar a Piers Morgan o primeiro golo que marcou ao serviço do Sporting, em outubro de 2002, contra o Moreirense.
O pedido de casamento
Cristiano Ronaldo e Georgina Rodríguez estão noivos desde agosto, uma decisão tomada nove anos depois do início da relação: “As coisas boas vêm na hora certa. Às vezes precisas de tempo. Achei que era o momento porque é a mãe dos meus filhos e a pessoa que mais amo. É o momento certo. (…) É um capítulo bonito da vida”, admite Cristiano.
Ronaldo revela que Georgina lhe pedira um anel, “um dos seus sonhos”. Depois de o encontrar, pediu que lho guardassem para um jantar.
“Um dos meus amigos estava a filmar, era 01:00 da manhã. As minhas filhas estavam a dormir. O meu amigo deu-me o anel, dei-lhe [a Georgina] e as minhas filhas chegaram. (…) Não planeei (…) Foi um momento bonito, fiz um discurso simples. Não sou muito romântico, sou romântico à minha maneira. Ela é a mulher da minha vida”, contou o jogador.
Sobre a data para a cerimónia, Ronaldo revela que “ainda não” está definida: “Planeámos para depois do Mundial, com o troféu… mas ela não gosta de grandes festas, gosta de coisas privadas. Vou respeitar as suas decisões.”
Da compra mais cara ao número de carros Ronaldo revelou a Piers Morgan que a compra mais dispendiosa que fez foi a de um avião: “Tenho o meu avião há 13 anos, mas mudei-o há um ano. Foi caro.”
“O dinheiro dá oportunidades para ter coisas materiais, o que é bom, mas estou num momento da minha vida em que não quero saber mais disso. Quero viver o meu próximo capítulo sem custos. Quando tinha 20, 30 anos, gostava de carros. Não tenho agora essa paixão. Comprei um avião porque não sou normal, não posso estar nos aeroportos. Mas não procuro mais isso. Depois dos 40, começas a viver a vida”, afirma CR7.
Questionado sobre o número de carros que tem, confessa não saber ao certo: “Se tivesse de apostar, talvez uns 41 ou 42. (…) Nunca conduzo. Estive uma semana em Madrid e nem fui à garagem ver os carros. Os carros já não são uma paixão. Não conduzo muito na Arábia Saudita porque treinamos à tarde e o trânsito é terrível.”
A segunda parte da conversa entre os dois será divulgada na quinta-feira e alguns excertos adicionais na sexta-feira.
