O caso que envolveu o humorista Cesalty Paulo, inicialmente acusado de violação sexual por sua parceira, Buderbala, gerou uma onda de repercussão nas redes sociais, ao revelar uma divisão clara entre os internautas: alegações de marketing , a crença na veracidade dos factos, e a desqualificação do evento como mera distracção.
A situação atingiu um patamar de seriedade quando a Direção de Investigação de Ilícitos Penais, através de seu porta-voz Quintino Ferreira, confirmou a detenção do humorista e o encaminhamento do caso ao Ministério Público para as devidas audições.
Esta informação foi amplamente divulgada por veículos de comunicação como TPA, TV Zimbo e Girassol TV, que solidifica a gravidade da denúncia no espaço público.No entanto, a narrativa tomou um rumo inesperado e, para muitos, deplorável.
A circulação de um vídeo subsequente onde Cesalty e Buderbala afirmam que tudo não passou de um mal-entendido e que o problema estaria “resolvido” levanta sérias questões sobre a ética e a responsabilidade social dos envolvidos.
Se o caso foi, de facto, fabricado ou exagerado, esta situação configura uma grave falta de respeito e moral por parte do casal.
Utilizar um tema tão sensível e sério como a violência sexual para fins de notoriedade ou marketing, se for o caso é inconsequente e banaliza o sofrimento de vítimas reais.
Mobilizar as forças de segurança pública, a justiça e a mídia com base em uma suposta mentira ou mal-entendido, representa um desperdício de recursos e uma obstrução ao trabalho sério das instituições.
Coloca em xeque a credibilidade dos órgãos de comunicação que, baseados na confirmação oficial da DIIP, cumpriram o seu papel de informar.
Acredita-se que as autoridades de direito têm o dever de ir além da mera retratação do casal. Se houve simulação, denúncia caluniosa ou um uso irresponsável das instituições e do espaço público, Cesalty e Buderbala devem ser responsabilizados pelos seus actos.
A impunidade em casos como este envia uma mensagem perigosa de que temas sérios podem ser manipulados para ganhos pessoais, que pode minar a confiança nas denúncias e nas próprias estruturas de justiça.By: Abílio Cândido.
