A ingratidão, quando praticada por quem deveria estar a serviço do povo, revela um desvio de caráter, não uma qualidade.
A ingratidão é virtude de ingratos e não de políticos comprometidos com a causa do povo. Aí vêm as lições:
PRIMEIRO – Quem esquece de onde veio, jamais saberá para onde deve conduzir os outros. O político que abandona suas raízes perde o rumo da própria missão.
SEGUNDO – Promessas não alimentam o povo — acções sim. Palavras vazias são como pratos cheios de vento.
TERCEIRO – A cadeira do poder é emprestada. E quem nela se senta deve lembrar que o povo é o verdadeiro dono.
QUARTO – Políticos ingratos talvez escapem por um tempo, mas jamais para sempre.
QUINTO – A gratidão é filha da consciência. Quem age pelo bem comum não precisa ser lembrado, pois será lembrado pelo bem que fez.
Finalmente, a saída da FPU, longe de ter sido um erro, foi talvez o maior acerto. Não foi uma perda, mas um alívio para uma instituição que agora poderá se reerguer mais coesa, mais limpa e livre das “caixas térmicas” — figuras que tantas vezes nos deixaram sem rosto e sem voz.
OBRIGADO!
Por: General Kamalata Numa