O julgamento da ex-comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional (PN), e ex-conselheira dos então comandantes-gerais Paulo de Almeida e Arnaldo Carlos, comissário-chefe, Elizabeth Rank Frank, mais conhecida por comandante “Bety”, previsto para esta quinta-feira, 10, em Luanda, no Supremo Tribunal Militar (STM), foi adiado “sine die” por decisão do juiz, disse ao Radar Informativo, fonte judicial.
Segundo a fonte, o julgamento, cujo início estava previsto para esta quinta-feira, foi adiado, sem nova data, pelo juiz, cujo nome não foi revelado. Com este adiamento “sine die”, o julgamento fica marcado pela “morosidade”.
“Bety” esta a ser acusada de movimentar meios e fectivos da polícia “em defesa exclusiva dos seus interesses pessoais”, à sombra do cargo que ocupava, de conselheira do então comandante-geral Arnaldo Carlos, em 2023.
Elizabeth Rank Frank, actalmente comissário-chefe reformada, movimentou os meios e efectivos da PN após receber um pedido de ajuda de uma amiga para prender um cidadão, o pai da sua neta, de 12 anos, que supostamente tinha conflitos com a sua filha, a mãe da menor, no município do Talatona, em Luanda. E era acusado pela amiga da ‘comandate Bety’ de raptar a criança.
A comissário-chefe reformada Elizabeth Rank Frank é acusada do crime de abuso no exercício do cargo, nos termos do artigo 28.º da lei n.º4/94 de 28 de Janeiro, Lei dos Crimes Militares.