Angola pretende posicionar-se como líder regional, em energia renovável, através de investimentos solares em grande escala. A afirmação foi feita, quarta-feira, pelo Representante Permanente de Angola junto das Nações Unidas durante o 3.º Fórum sobre o futuro dos Países Menos Desenvolvidos (PMD), que decorreu em Lusaka, na República da Zâmbia.
Durante a intervenção no painel sobre soluções inovadoras para fortalecer a resiliência dos PMD, Francisco da Cruz contou que o país está a desenvolver o maior projecto de energia solar de África, totalizando mais de 1,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada, reportou uma nota enviada ao JA Online. Por sua vez, fez saber que o projecto, que está a ser implementado em colaboração com a SunAfrica, uma empresa norte-americana, envolve a construção de mais de 100 mini redes em várias províncias para proporcionar acesso à energia nas zonas rurais.
O diplomata explicou, ainda, que Angola está a alavancar as receitas petrolíferas para melhorar a resiliência climática, com destaque para o financiamento de mais de dois mil milhões de dólares do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos para a expansão das energias renováveis.
Para o embaixador, esta iniciativa do Governo prevê reduzir significativamente a dependência de Angola do gasóleo, reduzindo as emissões e permitindo o acesso à electricidade a moradores em zonas fora da rede e com escassez de serviços.
Por fim, abordou o projecto Hidroeléctrico de Caculo Cabaça, com um custo estimado em 4,5 mil milhões de dólares, como sendo um dos maiores investimentos hidroeléctricos em África, tratando-se da pedra basilar de Angola para expandir a capacidade de energia limpa e reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.
