O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) está chocado com o facto da Polícia Nacional, em Luanda, deter três jornalistas em pleno exercício de funções por seis horas, na esquadra de polícia, durante a marcha do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA).
Segundo os reportes detidos, 150 estudantes foram também detidos pela polícia. Estes jornalistas estavam a fazer o seu trabalho, cobrindo actividade e assegurando o acesso do público à informação.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas insta as autoridades angolanas a garantir que o direito à liberdade de expressão e o direito do público a saber, consagrados na Constituição, sejam protegidos por aqueles que devem cumprir a lei.
“Viemos a Angola para advogar pela descriminalização da difamação e partimos sabendo que os jornalistas em Angola continuam a trabalhar em condições que são inimigas da liberdade de imprensa, incluindo as últimas notícias decepcionantes de que o governo está prestes a apresentar um projeto de lei draconiano sobre notícias falsas que não deve ver a luz do dia”, lê-se.
Segundo o CPJ, as forças de segurança angolanas continuam a visar jornalistas pelo seu trabalho.
De recordar que foram detidos os jornalistas Borralho Ndomba, da DW – África, Jubileu Panda, da portal TV Maiombo e um repórter de imagem do Jornal O Folha 8.