Disparos de armas automáticas e carros incendiados: Estabelecimentos prisionais franceses alvo de ataque “coordenado”

Na prisão de Toulon para além de viaturas incendiadas foram disparados tiros com armas automáticas.

Vários estabelecimentos prisionais têm sido alvo de um “ataque coordenado”, segundo o Ministério da Justiça francesa. A prisão de Toulon foi o alvo mais recente, depois de nesta segunda-feira terem sido disparadas armas automáticas contra o estabelecimento e várias viaturas incendiadas.

Segundo o meio francês, Le Monde, o Ministro da Justiça francês, Gerald Darmanin, confirmou os ataques na rede social X e garantiu que ambiciona visitar a prisão da cidade de Toulon. “A República enfrenta o tráfico de drogas”, começa por dizer o ministro. “[O governo] está a tomar medidas que vão desmantelar profundamente as redes criminosas”, acrescentou.

“Tudo isto parece estar coordenado e claramente vinculado à estratégia contra o narcotráfico”,  explicou à Agence France-Presse(AFP).

Já o sindicato FO-Justiça avançou que “foram encontradas quinze marcas na porta da entrada” da prisão de Toulon. “Estes atos criminosos constituem um ataque frontal à nossa instituição, à República e ao pessoal que a serve diariamente”, declarou o sindicato.

Perante os ataques inesperados, o ministro do Interior, Bruno Retailleau deu “instruções para reforçar imediatamente a proteção dos agentes e dos estabelecimentos”. Numa publicação no “X”, o ministro defendeu que “aqueles que atacam prisões e agentes devem ser trancados nessas prisões e vigiados”. 

Ainda que os estragos tenham sido maiores na prisão de Toulon, os estabelecimentos prisionais de Nanterre, Valence e Villepinte também foram atacadas.

O presidente da zona de Provence-Alpes-Côte d’Azur confirmou que o portão da prisão de Aix-Luines foi “atacado” e “dois veículos foram incendiados”. Já no estacionamento do centro de detenção de Villepinte, as autoridades encontraram uma lata de cinco litros de hidrocarbonetos. 

As câmaras de videovigilância têm sido cruciais para a investigação, inclusive na prisão de Villepinte revelaram que os três incendiários entraram no estabelecimento por um monte de terra. Ao deflagrarem o fogo nos veículos, um dos suspeitos foi atingido pelas chamas. 

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