O Executivo continua empenhado na eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis, embora não pretenda eliminá-los por completo em 2025, revelou, em entrevista à agência Bloomberg, em Davos, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
“O Governo mantém-se empenhado na eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis, embora não os pretenda eliminar por completo em 2025, pois isso poderia criar dificuldades desnecessárias para os cidadãos”, disse o ministro de Estado, que se encontra em Davos, na reunião anual do Fórum Económico Mundial, em representação do Presidente da República.
Na entrevista, o ministro de Estado anunciou, ainda, a vontade do Executivo de angariar, este ano, até dois mil milhões de dólares em Eurobonds (títulos da dívida em moeda estrangeira), no âmbito dos esforços para alargar os prazos de vencimento e reduzir o custo da dívida.
“Os preços e prazos de vencimento da dívida são críticos. Para que não haja pressão adicional sobre a dívida pública, esperamos que a inflação mantenha esta tendência descendente, para que tenhamos acesso a fundos em termos cada vez mais favoráveis”, afirmou José de Lima Massano.
Questionado pela Bloomberg sobre se o Governo angolano estava a preparar novos acordos de financiamento semelhantes aos celebrados com o JPMorgan, o ministro de Estado respondeu que Angola “continua à procura de oportunidades”.
“Estamos a tentar, tanto quanto possível, alargar os prazos de vencimento”, declarou, sublinhando que o país está a seguir as orientações do Fundo Monetário Internacional (FMI) em matéria de gestão de recursos, mas não considera, nesta altura, outro programa de financiamento com o Fundo, escreve a Bloomberg.
A economia angolana, afirmou o ministro de Estado, deverá expandir-se cerca de 4 por cento este ano, em comparação com um crescimento de “pouco acima de 4 por cento” em 2024, apontando para o desempenho de sectores fora do petróleo e o programa de privatizações.