A filha do ex-diplomata maliano e nacionalista africano Alioune Blondin Beye, “Aida Beye”, foi recebida em audiência na tarde desta sexta-feira, pelo 1.º vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Américo António Cuononoca. A visita enquadra-se no âmbito das celebrações dos 50 anos da Independência Nacional de Angola.
De regresso ao país que seu pai considerava sua segunda pátria, Aida Beye manifestou, pela segunda vez desde 1996, profunda gratidão ao povo angolano por ter acolhido o seu pai, que se sentia um verdadeiro angolano.
“O meu pai foi o único maliano que veio em 1975 celebrar a independência com todos os angolanos. Ele amava este país e acreditava profundamente no seu futuro”, afirmou, visivelmente emocionada.
Durante o encontro, Aida Beye rendeu homenagem aos angolanos que tombaram na luta pela liberdade e destacou o contributo de Alioune Blondin Beye para a causa da paz em África.
“Estou feliz, emocionada e satisfeita, sobretudo porque o sonho do meu pai, de ver o povo angolano alcançar uma paz duradoura, foi realizado. Por isso, também a nossa família está em paz”, declarou.
Com uma reverência simbólica à história e ao sacrifício do povo angolano, a filha do diplomata maliano manifestou o seu agradecimento perante a memória de todos os angolanos e estrangeiros que morreram devido à guerra civil. “A paz que hoje se vive é, também, fruto da coragem deles”, recordou.
Especialista em Direito Internacional, Blondin Beye ocupou vários cargos de destaque no seu país, incluindo os de ministro da Juventude, Desporto, Artes e Cultura (1978) e ministro dos Negócios Estrangeiros (1978–1986). O seu legado diplomático permanece vivo em instituições que hoje carregam o seu nome, como a Escola de Manutenção da Paz, em Bamako, e o Liceu Francês, em Luanda.