Os grupos carnavalescos da província da Huíla, que vão participar na maior festa popular do País, a decorrer no dia 4 de Março, na praça São João Paulo II, são incentivados a criar enredo sobre os 50 Anos da Independência de Angola, a ser assinalado a 11 de Novembro do corrente ano.
Radar Informativo e Jornal de Angola
A vice-governadora para o sector Político, Social e Económico, Maria João Chipalavela, fez o apelo durante um encontro com os responsáveis dos grupos carnavalescos, tendo realçado que nos festejos do meio século de Independência devem constar aspectos que simbolizam a matriz cultural angolana.
A criação das canções, danças e outras manifestações culturais e artísticas, disse, devem fazer menção às conquistas que o país tem vindo a alcançar ao longo das cinco décadas de Independência, para que as novas gerações possam conhecer o percurso do país, os sacrifícios consentidos pelo povo angolano e as figuras históricas nas mais distintas áreas do saber.
Os jovens, acrescentou, precisam ter contacto com a História do país e dos seus precursores e os grupos carnavalescos, este ano, têm um papel importante na transmissão de mensagens sobre os principais momentos vividos na altura da proclamação da Independência de Angola.
Maria João Chipalavela incentivou os grupos carnavalescos a pautarem nas canções temas que ajudem a juventude a compreender os sacrifícios consentidos pelos guerrilheiros nas frentes de combate para derrubar o sistema fascista colonial português em Angola.
A responsável lembrou para que nas diversas manifestações culturais sejam exaltados os valores ancestrais, sobretudo na valorização das tradições, línguas nacionais, canções e danças.
Segundo a vice-governadora, a cada edição do Carnaval os grupos devem promover a cultura nacional na sua essência, envolvendo crianças, jovens e adultos. “Vamos promover os cantos, danças e as vestes de acordo com os vários grupos etnolinguísticos da região Sul, com realce para a Samakaka, que devem ser motivos para atrair cada vez mais novos visitantes às Terras Altas da Chela.”
Maria João Chipalavela disse, no encontro com os responsáveis dos grupos carnavalescos, que na presente edição é importante destacar os hábitos e costumes da região, assim como a História do país. “Vamos fazer uma festa diferente, onde possamos exaltar a nossa cultura, promover os valores patrióticos e enaltecer as conquistas alcançadas ao longo dos 50 anos de Angola como país livre e soberano”, realçou
Os angolanos, enfatizou, precisam sentir-se cada vez mais representados e motivados para continuar a trabalhar para o desenvolvimento do país.
A governante reiterou o apoio das autoridades locais em todas as manifestações culturais que envolvam vários grupos carnavalescos, onde os 23 municípios devem estar representados com os instrumentos musicais, indumentárias, danças e as canções da região.
Para apoiar os diversos encargos relacionados com a organização dos grupos, está garantido um valor acima dos 52 milhões de kwanzas. Este ano, houve um aumento do valor, comparativamente aos 32 milhões empregues nas edições passadas.