Mais cinco mortes e novos ataques criminosos na cidade brasileira de Porto Velho

Mais de 25 viaturas arderam desde segunda-feira. A maioria eram autocarros.

A cidade brasileira de Porto Velho, capital do estado de Rondónia, na região amazónica, voltou a ser palco de ataques da facção criminosa Comando Vermelho na noite desta quarta-feira e na madrugada desta quinta. Mais cinco pessoas morreram e vários veículos foram incendiados.

O Comando Vermelho, organização criminosa criada no Rio de Janeiro mas que expandiu as suas ações para quase todo o Brasil, começou a onda de ataques violentos na segunda-feira passada, após uma grande operação da polícia contra o grupo, que resultou na morte de um dos líderes.

Na noite de quarta-feira, apesar do reforço policial nas ruas, os criminosos passaram em várias artérias a atirar indiscriminadamente contra pessoas. Duas pessoas que estavam num bar na zona leste de Porto Velho morreram ao serem atingidas por disparos dos criminosos. E um ciclista que ia para casa na sua bicicleta por não haver transportes coletivos na cidade há três dias também foi alvejado e morreu.

As outras duas vítimas fatais da noite e madrugada são dois homens que a polícia disse serem membros do Comando Vermelho. Os homens morreram numa intensa troca de tiros na zona rural de Porto Velho, depois de terem disparado ao cruzarem com um carro-patrulha.

Desde segunda-feira, o número de pessoas mortas por ataques ou em confronto com a polícia subiu para nove. Com mais 10 veículos incendiados nas últimas horas, o número de viaturas incendiadas já supera os 25, na sua maioria autocarros.

 A pedido das autoridades locais, a empresa responsável pelos transportes colectivos em Porto Velho colocou esta quinta-feira alguns autocarros nas ruas, tentando minimizar os transtornos da população, que ficou sem transportes desde o início dos ataques. Por outro lado, perante a omissão do governo do presidente Lula da Silva, a quem foi pedida ajuda na segunda-feira mas que até agora só enviou 60 agentes da Força Nacional, o governo de Rondónia pediu ajuda a governadores de estados vizinhos, que já começaram a enviar polícias, veículos e helicópteros.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

fourteen − 3 =