Criança encontrou as doses de cocaína ao mexer na mochila do pai. O homem está a ser procurado pela polícia de Minas Gerais.
Uma menina de quatro anos de idade levou várias doses individuais de cocaína para a escola que frequenta na cidade brasileira de Itamonte, no estado de Minas Gerais, e distribuiu-as aos colegas de classe acreditando que eram guloseimas. Antes que os professores fossem alertados e pudessem fazer alguma coisa, 18 crianças já tinham tido contacto com o estupefaciente, e assim que o caso foi descoberto foram levadas para o hospital local.
Após várias horas de muita preocupação dos professores, das famílias das crianças e das autoridades da pequena Itamonte, pois na cidade não há um laboratório que pudesse realizar esse tipo de exame, a urina dos 18 alunos foi finalmente analisada numa clínica em Taubaté, no estado de São Paulo, a quase 150 km, e deu negativo para a presença significativa de droga no organismo das crianças. Aparentemente, e por sorte e esperteza das crianças, todas as que levaram a cocaína à boca imaginando que seria um doce cuspiram-na logo em seguida ao perceberem um sabor amargo e desagradável, o que evitou que tivessem algum problema grave.
A menina encontrou as doses de cocaína ao mexer na mochila do pai sem este perceber, imaginou que eram doces levou-as para a sala de aula e distribuiu-as pelos amiguinhos. Foi uma professora que descobriu o que era ao perceber a agitação dos alunos e as reclamações pelo gosto amargo do que eles esperavam ser um pó açucarado.
O pai da aluna foi chamado, sem lhe dizerem o que tinha acontecido, e, ao serem-lhe mostradas as doses de cocaína ainda intactas dentro de pequenos papéis (daí o nome de papelotes que têm no mercado de drogas), arrancou-as com brusquidão das mãos da diretora e fugiu da escola a correr. Ele está a ser procurado pela polícia de Minas Gerais e as autoridades de Itamonte comunicaram o caso ao Conselho Tutelar de Menores e à Justiça, que agora vão decidir o futuro da menina.