Propagação da doença acelerou nas últimas semanas.
Entre 9 e 10 de Janeiro Angola registou 24 novos casos, dos quais 20 no município de Cacuaco, Luanda, onde se concentram a maior parte dos casos, três no município do Dande, Bengo e um no município de Catete Icolo e Bengo. Num total de 119, entre os quais 12 mortes,
O Ministério da Saúde Governo fez este Domingo um apelo à população para ter cuidados preventivos face ao aumento dos casos de cólera, que se podem agravar com as chuvas dos próximos meses.
“O Ministério da Saúde comunica que estão a ser notificados casos de cólera no Município de Cacuaco com expansão às províncias fronteiriças de Icolo e Bengo e Bengo”, refere o MINSA, em comunicado.
“Dada a rápida progressão de casos e mortes, existe um alto risco de expansão do surto a todo o país, especialmente em áreas densamente povoadas com acesso limitado à água potável e fraco saneamento”, acrescenta o Ministério da Saúde.
O surto foi agravado pela precipitação das últimas semanas, uma “situação que poderá agravar-se ainda mais, com a chegada da época de chuvas mais intensas no mês de Março e Abril”.
A cólera “é uma doença grave e contagiosa transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados pelo micróbio da doença, e pode levar à morte se a pessoa doente não for tratada rapidamente”, alerta o Ministério, que recomenda aos angolanos comportamentos preventivos.
Lavar frequentemente as mãos, tratar a água potável com gotas de lixívia, ferver a água, lavar a comida crua com água fervida ou tratada com lixívia ou desinfetar as casas de banho são algumas das recomendações das autoridades de saúde.
Nos casos suspeitos, deve-se “dar muitos líquidos ou um soro caseiro”, com água fervida, açúcar e sal, antes de transportar o doente para uma unidade de saúde, refere ainda o Ministério.