O político histórico da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) Ngola Kabangu está suspenso de todas as actividades de militante do partido, com efeitos imediatos, anunciou, quarta-feira, em Luanda, o presidente Nimi a Simbi, em conferência de imprensa.
O antigo presidente do partido Ngola Kabangu está interdito, assim, das funções de membro do Bureau Político e do Comité Central e de participar em reuniões dos órgãos do partido.
De acordo com o presidente da FNLA, Nimi a Simbi, o antigo presidente do partido está a ser investigado pelos órgãos de disciplina interno, por suspeita da prática de actos que configuram indisciplina, nos termos dos estatutos.
Nimi a Simbi afirmou que Ngola Kabangu enfrenta acusações de promover reuniões paralelas, influenciando alguns militantes com garantias monetárias com o propósito de desestabilizar o partido nas províncias de Malanje, Huíla, Uíge e Cabinda.
De acordo com Nimi a Simbi, esses militantes têm desrespeitado publicamente o presidente legítimo do partido, proferindo ofensas que colocam em causa a honra e a dignidade de todos os militantes.
O propósito, segundo o político, é destituir o presidente eleito e tomar o lugar de presidente do partido. Nimi a Simbi considerou essas práticas graves e atentatórias da honra do presidente.
Nimi a Simbi alegou que Ngola Kabangu proferiu acusações gratuitas contra o presidente da FNLA e demais membros do partido, durante a última reunião do seu Bureau Político, realizada no dia 26 de Setembro.
O comportamento de Ngola Kabangu, segundo Nimi a Simbi, “ultrapassou todos os limites da convivência democrática, tendo proferido graves ofensas morais contra o presidente do partido e demais membros em plena reunião.”
O político lembrou que, quando Ngola Kabangu abandonou o partido por um período de cinco anos, todo o esforço de unidade caminhava no bom sentido. “O irmão Ngola Kabangu ressurge, depois da realização do congresso de 2021, a actuar, de forma reiterada, à margem das normas estatutárias e promovendo a desordem, opondo-se ao funcionamento do partido”, acusou.
Nimi a Simbi aproveitou o momento para apelar à calma, vigilância e à unidade de todos os militantes, lembrando que “o compromisso é com Angola,com a democracia e com o futuro, e que a FNLA não é propriedade de nenhum indivíduo.”