A palanca negra gigante, símbolo nacional de Angola, continua a constar na lista das espécies criticamente ameaçadas de extinção. Segundo especialistas, a população atual ronda os 300 animais, o que representa pouco mais de 10% do número estimado há meio século. A informação foi avançada durante a conferência “Fundação Kissama 30 Anos”, realizada em Luanda.
De acordo com o coordenador do projeto de conservação, Pedro Vaz Pinto, citado pelo Novo Jornal, a espécie chegou a ser considerada praticamente extinta, até ser confirmada em 2005 no Parque Nacional da Cangandala, onde foi implementado um programa de conservação in situ. Entre as medidas adotadas, destacam-se a criação de um santuário vedado, a introdução de um macho proveniente da Reserva Natural Integral do Luando e a esterilização de híbridos.
A caça furtiva mantém-se como a maior ameaça à sobrevivência da palanca negra gigante. Estima-se que um em cada quatro animais imobilizados por biólogos apresente ferimentos causados por armadilhas, sendo a carne frequentemente comercializada em mercados. Este tráfico ilegal não está ligado apenas à subsistência local, mas sobretudo a interesses lucrativos.