Polícia detem 15 agentes acusados de ligação ao crime organizado no Brasil

Um dos agentes é ainda acusado de matar um empresário associado também ao crime.

Correio da Manhã

A Corregedoria (o órgão interno responsável pela apuração de desvios de agentes) da Polícia Militar de São Paulo, no Brasil, prendeu esta quinta-feira 15 agentes acusados de ligação ao PCC, Primeiro Comando da Capital, a maior fação criminosa do país. Um dos presos também é acusado do homicídio do empresário e operador financeiro do PCC António Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, morto numa ação extremamente ousada no Aeroporto Internacional de São Paulo no dia 8 de novembro do ano passado.

De acordo com a investigação interna da Corregedoria, foi o cabo Dénis António Martins quem disparou 30 tiros com um rifle militar contra Gritzbach quando este desembarcou no aeroporto no meio de muitos outros passageiros, matando não somente o empresário mas também um motorista de aplicação que aguardava clientes, ferindo ainda outras pessoas.

Gritzbach era operador no mercado financeiro, transformou-se num investidor de verdadeiras fortunas de dinheiro ilícito do PCC mas foi acusado de roubar a fação e condenado à morte pela organização, que terá recorrido ao militar preso esta quinta-feira.

Os outros 14 militares são acusados de fazerem a escolta para Gritzbach mas terem facilitado o ataque que o matou e também de passarem informações para o PCC, nomeadamente de ações policiais contra a organização criminosa. Boa parte dos agentes presos esta quinta-feira pertencia a batalhões de elite da Polícia Militar, nomeadamente a Rota, Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a mais temida força da corporação e que se notabilizou por enfrentar o próprio PCC.

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