A primeira edição do “Ecos da dikanza: Memórias e resistências culturais” realiza-se, neste Sábado na Escola nº 1527 – 17 de Setembro, no bairro Nelito Soares, em Luanda.
O projecto tem como objectivo, segundo o JA, ensinar a construção e execução musical do instrumento tradicional dikanza aos estudantes de escolas públicas, com o realce de preservar a identidade cultural.
A iniciativa, de acordo com a publicação, visa não apenas o resgate da memória cultural angolana, mas, também, promover a resistência e continuidade das tradições musicais do País.
Segundo o percussionista e pesquisador Jorge Mulumba, o projecto lançado no dia 20 de Janeiro de 2021, em Luanda, é destinado à massificação e divulgação da dikanza.
“O projecto reserva a criação em diferentes municípios de Luanda, de núcleos de ensino e aprendizagem para realização de debates e palestras sobre a importância dos instrumentos tradicionais na música angolana”, explicou.
O evento vai contar com demonstrações práticas, apresentações musicais e intervenções de convidados ligados à cultura e educação, proporcionando um espaço de diálogo sobre a importância da preservação do património imaterial de Angola.
Sobre o instrumento
Conhecido como o instrumento milenar angolano, bantu, a dikanza é composta por várias ranhuras com a função de produzir o som tocado por uma vara (dibabelo) ou dedal, o famoso “ula upe”, que visa dar uma outra cadência rítmica, que pode ser tocado em estilos de músicas como o semba, kilapanga, kazukuta, bolero, rebita e rumba.