O sector petrolífero angolano poderá crescer 1,6% em 2025 de acordo com as projecções do Banco Nacional de Angola, justificado principalmente pelos investimentos que têm ocorrido no sector.
O petróleo continua a ser a principal fonte de receita e de exportação de Angola. Em 2024, as receitas da exportação de petróleo atingiram os $36,2 biliões, registando em média os $9,1 biliões/trimestre. As receitas do petróleo bruto representaram um peso de 85,6%.
Em termos de perspectivas, as projecções para 2025 apontam para um crescimento real do PIB de 3,5% impulsionada, principalmente, pelo crescimento do PIB não petrolífero em 4,2%. Dentre as acções que concorrerão para o crescimento do sector não petrolífero, destacam-se os investimentos na agropecuária, expansão do sector das pescas, reforço do consumo e investimento público, dinamização dos operadores privados e modernização dos transportes e logística. Espera-se um incremento do Investimento Directo Estrangeiro em Angola no sector não petrolífero.
As receitas do petróleo têm servido de base para fortalecer as reservas internacionais e equilibrar a balança de pagamentos, assegurando maior estabilidade na taxa de câmbio e no controlo da inflação. A inflação em 2024 foi de 27%, superior à do período homólogo, e para 2025, espera-se que a inflação diminua para até 17%.
Os principais riscos associados às projecções apresentadas foram, a redução da produção petrolífera no país, possível queda do preço médio do petróleo abaixo do preço considerado como pressuposto, a remoção de subsídios à combustíveis e ajustes dos preços administrados, crescimento abaixo do esperado no sector não petrolífero e por último, o choque externo adverso da oferta de bens alimentares.
O Governador do Banco Nacional de Angola, Manuel Tiago Dias, destacou a relevância do sector petrolífero na economia angolana, especialmente na contribuição para o PIB e no impacto sobre a política monetária do país.