Um grupo de trabalhadores angolanos ligados ao Hotel Alvalade, em Luanda, acusa a entidade patronal de fazer com que estes vivam o pior momento das suas carreiras enquanto funcionários do hotel. Segundo contam, são tratados de forma discriminatória e racista e desvalorizados
Com mais de 20 anos de trabalho, os funcionários da empresa pertencente ao grupo Teixeira Duarte queixam-se de serem vítimas de abuso de poder, práticas racistas, despedimentos sem justa causa e processos disciplinares sem motivos aparentes. “Os trabalhadores veteranos são os que mais têm sido perseguidos”, afirmou uma das fontes.
As fontes preferem não ser identificadas com medo de retaliação e, de acordo com uma delas, Rui Veiga, actual director do Hotel Alvalade, localizado no município de Ingombotas, começou a dirigir a empresa no final de 2022 e implementou uma estratégia de diminuir custos e aumentar rendimentos, tendo utilizado “como arma para atingir os seus objectivos o medo”.
Ao que tudo indica, a estratégia implementada não foi das melhores, o que gerou um clima turbu lento na empresa. Os trabalhadores acharam por bem apresentar um pedido de demissão à empresa e abdicar dos longos anos que estiveram ao serviço da organização, por se sentirem desrespeitados e injustiçados.
Fonte: O País