Um Spider-Man e uma Tartaruga Ninja entraram num dérbi: Real Madrid e Atl. Madrid empatam e merengues mantêm liderança

Atl. Madrid começou a ganhar graças a Álvarez, Real Madrid empatou por Mbappé e já nada mudou: colchoneros e merengues não foram além de uma igualdade e Barça pode ser grande vencedor da noite (1-1).

Era um dérbi que valia a liderança. Separados por um ponto, com vantagem para os merengues, Real Madrid e Atl. Madrid encontravam-se no Santiago Bernabéu para mais um capítulo da rivalidade histórica que os separa — e com o Barcelona sempre à espreita, já que os catalães poderiam aproximar-se seriamente do topo da classificação em cenário de empate na capital, avança o Observador.

De forma natural e como sempre, o dérbi começou a ser jogado fora das quatro linhas. Do lado do Real Madrid, o cenário mais recente não era o mais animador, entre a vitória tirada a ferros contra o Leganés na Taça do Rei e a derrota contra o Espanyol na última jornada, para além das lesões de Rüdiger e David Alaba, acrescentadas à de Éder Militão, que deixavam reduzidas as opções para o eixo defensivo.

“Temos de trazer qualidade e compromisso. Estas são as duas coisas que levam ao sucesso. Esta época temos tido mais qualidade do que empenho e temos de tentar igualar isso. O aspecto defensivo dá-nos solidez. Quando os avançados não acertam no alvo, é possível obter resultados. A solidez defensiva é um esforço coletivo”, explicou Carlo Ancelotti na antevisão da partida.

Do lado do Atl. Madrid, o cenário mais recente era bem mais animador, com 19 vitórias nos últimos 21 jogos e o apuramento direto para os oitavos de final da Liga dos Campeões, para além dos momentos positivos de Julián Álvarez e Griezmann e da explosão de Giuliano Simeone, o filho mais novo do treinador que tem mostrado que é muito mais do que um simples apelido.

“Temos de interpretar o que será mais importante para a equipa e, consequentemente, demonstrá-lo com quem começa. Não imagino só com quem é que começo, num jogo que dura 94 ou 96 minutos temos de estar preparados para o que pode acontecer e aí influencia tudo, quem começa e quem sai, a imaginação que se tem. Pensamos no jogo que temos de fazer, para o levar até onde podemos prejudicá-los. Sabemos que eles têm grandes individualidades como equipa e vamos procurar fazer o jogo que queremos fazer”, disse Diego Simeone na véspera do encontro.

Assim, e depois de uma semana marcada por críticas sérias do Real Madrid à arbitragem, Carlo Ancelotti lançava o crónico Mbappé como referência ofensiva, apoiado por Rodrygo, Jude Bellingham e Vinícius, e apostava em Fede Valverde e Dani Ceballos no meio-campo. No Atl. Madrid, Diego Simeone tinha Julián Álvarez e Griezmann no ataque, com Simeone e Samuel Lino nos corredores, e deixava Koke, Conor Gallagher e Correa no banco.

Numa primeira parte muito discutida na zona do meio-campo e sem remates enquadrados, o Atl. Madrid fez exatamente aquilo que se esperava e ofereceu a iniciativa ao Real Madrid, que tinha mais bola mas não demonstrava capacidade para criar oportunidades. O dérbi desenrolava-se quase sem balizas, sem que nenhuma das equipas assumisse verdadeiramente um ascendente claro, mas a diferença fez-se nos pormenores. Tchouaméni fez falta sobre Samuel Lino na área dos merengues e Julián Álvarez, na conversão da grande penalidade, abriu o marcador e levou os colchoneros a ganhar para o intervalo (35′).

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e a verdade é que não foi preciso esperar muito para assistir ao empate. Com apenas cinco minutos disputados na segunda parte, Rodrygo desequilibrou na direita, Bellingham rematou contra um adversário e Mbappé, na recarga, atirou certeiro para empatar (50′). O Real Madrid procurou surfar a onda do entusiasmo e encostou o adversário às cordas, mas o Atl. Madrid soube resistir à insistência e foi colocando muito gelo nas ocorrências.

Diego Simeone mexeu já depois da hora de jogo, lançando Reinildo, Koke e Nahuel Molina, mas os colchoneros iam abdicando cada vez mais de atacar para reforçar o setor defensivo e responder às investidas merengues, já que o Real Madrid estava muito mais confortável no jogo. Simeone apostou no super-substituto já dentro do derradeiro quarto de hora, trocando De Paul por Correa, e Carlo Ancelotti respondeu com Eduardo Camavinga, Modric e também Brahim Díaz.

Até ao fim, porém, já nada mudou. Real Madrid e Atl. Madrid não foram além de um empate no Santiago Bernabéu, tal como tinha acontecido no Metropolitano na primeira volta, e os merengues mantêm-se na liderança com mais um ponto do que os colchoneros. Ou seja, se vencer o Sevilha este domingo, o Barcelona pode mesmo sair como o grande vencedor do fim de semana e colocar-se a um ponto do segundo lugar e a dois do primeiro.

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